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Highlights sobre a COP26

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A 26a Conferência das Nações Unidas (COP26) sobre as mudanças climáticas, reuniu representantes de quase 200 países no maior evento climático do mundo. O encontro, ocorrido entre 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, teve como principal objetivo estimular as nações a zerar as emissões de carbono até 2050, demonstrando a urgência de avançar para uma economia neutra em carbono, criando uma tendência que atinge diversos segmentos empresariais, inclusive os que fazem parte do nosso dia a dia, como os da moda e beleza, grandes responsáveis por emissão de gases tóxicos. 

Você sabe o que é crédito de carbono?

Não podemos avançar neste assunto, porém, sem explicar primeiro o que são os créditos de carbono e como eles são utilizados. Então vamos lá! A cada tonelada de dióxido de carbono reduzida (e consequentemente não lançada para a atmosfera), gera-se um crédito de carbono. O país que conseguir realizar essa redução ganha um crédito por cada tonelada não emitida.

Livro de Regras para o Acordo de Paris

No último dia da COP26, o Livro de Regras para o Acordo de Paris foi enfim concluído. Neste livro, que foi iniciado na COP21 em 2015, estavam regulamentadas as negociações que envolvem os acordos climáticos. Entre elas, a criação dos mercados de emissão de carbono. Foi acordada a regra que determina que os créditos gerados por cada tonelada de carbono não emitida sejam comercializadas com países que não conseguiram alcançar a sua meta, no mercado de carbono internacional.

As marcas se adaptam.

Com essa redução de produção de carbono em massa, em meio à crise climática que ocorre no mundo, nós voltamos a falar das empresas e marcas que estão entrando na tendência de neutralizar as emissões de gases nocivos à atmosfera. A indústria da moda, apontada pela ONU como responsável por até 8% das emissões globais de carbono, está sendo cada vez mais cobrada por consumidores e investidores que estão engajados com os problemas ambientais que o planeta enfrenta, e fazem pressão para que as marcas se adequem à nova realidade.

No Brasil, a Startup Moss tem movimentado muito este segmento usando uma tecnologia para comercialização de créditos de carbono em criptomoedas. Eles criaram um ativo digital, equivalente a uma tonelada de carbono que deixou de ser lançado na atmosfera, para ser negociado no exterior. A venda dos créditos de carbono já destinou uma verba milionária para a preservação da Floresta Amazônica. Este processo está sendo utilizado pela Amaro, marca de moda, que investe em redução de carbono comprando créditos com a Moss, e também com o uso de fibras biodegradáveis em suas roupas, e utilização de plástico reciclado para as embalagens.

Mas não é somente no Brasil que a moda começa a se adequar. A Gucci, grife conceituada do mundo fashion, também está se tornando neutra de carbono. Todas as emissões da marca são medidas, com a intenção que possam ser reduzidas e restauradas.

Não só esses dois exemplos, mas indústria da moda como um todo está comprometida em colaborar com o que foi estabelecido pela COP26.

O documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Unfccc, conta com 131 empresas de moda e 43 apoiadores. O grupo afirma que o setor deve agir para conter padrões insustentáveis de consumo e reforçar ações para que a indústria da moda ajude a alcançar as metas traçadas.

Com grande capacidade de influenciar e comunicar, o setor acredita que pode transformar o modelo atual de negócio nas próximas décadas. 

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